Só porque me identifiquei
é só nos dias em que alma entristece, que se percebe o quanto se é feliz.porque, se por momentos sentimos a angústia de não ter tudo, na reacção seguinte - inconsciente -, algo em nós faz um apanhado, tipo trailler, das coisas boas e lembra-nos o quanto temos de bom. estar triste e entristecer podem até parecer a mesma coisa. mas não são. o problema quando se está triste, é que este momento de reacção não acontece. para os que apenas entristecem, basta deixar que a música avance, que a dança continue, que o sorriso chegue no momento a seguir. pode-se chorar. deve-se. porque limpa a alma dos resíduos que nos pesam. mas com essa certeza: só quem é feliz pode entristecer. é como um pôr-do-sol. só quem o vê é que pode sentir aquele momento de foi-tão-bonito /mas-já-acabou /amanhã-há-mais /mas-eu-queria-já-hoje...
e já agora outra suspeita: que não há problema em entristecer. a vida não é um oásis. aliás, só o é para os que se acomodam. para os inconformados, para os que querem sempre mais, há uma constante angústia - boa -, de não ter o suficiente. e não tem a ver com ambição desmesurada, mas sim com a superação permanente das fronteiras do que conhecemos. quando se vive no limite - da alegria, do amor, do trabalho-, descobre-se todos os dias que há novos patamares. como quando se chega ao topo da montanha e se vê outro pico mais alto, na montanha a seguir. claro que pelo meio há um vale.. mas ninguém disse que ia ser fácil. quando se vive assim, sempre que se passa para o limite seguinte, tem-se aqueles momentos de insatisfação, quase paradoxo: 'estou tão bem, mas afinal ainda posso viver mais'. é por isso que nos dias a seguir a uma grande alegria, se sente aquela estranha angústia.. boa.
quando se quer alguém no limite, quando se ama no tutano do osso, tem de haver sempre essa insatisfação de precisar sempre mais. tem de haver aquela loucura de ter saudades vinte minutos depois de te deixar: porque estar ao teu lado é o meu lugar natural. tem de haver o vicio de estar sempre ao telefone contigo: porque o que nos liga é demasiado bom para não ser permanente. tem de haver a imaginação para criar, em cada dia, mais um nível de intimidade, de carinho, de prazer: porque o que sentimos nunca cabe apenas no que já vivemos até hoje. quando se quer alguém no limite, quando se ama no tutano do osso, tem de haver sempre essa insatisfação de precisar sempre mais. a diferença é que quando se tem a alma gémea ao nosso lado, temos um sossego único: a viajem da procura acabou. porque não se quer mais pessoas, nem mais coisas - quer-se apenas viver mais, com a pessoa com que se está..
e já agora outra suspeita: que não há problema em entristecer. a vida não é um oásis. aliás, só o é para os que se acomodam. para os inconformados, para os que querem sempre mais, há uma constante angústia - boa -, de não ter o suficiente. e não tem a ver com ambição desmesurada, mas sim com a superação permanente das fronteiras do que conhecemos. quando se vive no limite - da alegria, do amor, do trabalho-, descobre-se todos os dias que há novos patamares. como quando se chega ao topo da montanha e se vê outro pico mais alto, na montanha a seguir. claro que pelo meio há um vale.. mas ninguém disse que ia ser fácil. quando se vive assim, sempre que se passa para o limite seguinte, tem-se aqueles momentos de insatisfação, quase paradoxo: 'estou tão bem, mas afinal ainda posso viver mais'. é por isso que nos dias a seguir a uma grande alegria, se sente aquela estranha angústia.. boa.
quando se quer alguém no limite, quando se ama no tutano do osso, tem de haver sempre essa insatisfação de precisar sempre mais. tem de haver aquela loucura de ter saudades vinte minutos depois de te deixar: porque estar ao teu lado é o meu lugar natural. tem de haver o vicio de estar sempre ao telefone contigo: porque o que nos liga é demasiado bom para não ser permanente. tem de haver a imaginação para criar, em cada dia, mais um nível de intimidade, de carinho, de prazer: porque o que sentimos nunca cabe apenas no que já vivemos até hoje. quando se quer alguém no limite, quando se ama no tutano do osso, tem de haver sempre essa insatisfação de precisar sempre mais. a diferença é que quando se tem a alma gémea ao nosso lado, temos um sossego único: a viajem da procura acabou. porque não se quer mais pessoas, nem mais coisas - quer-se apenas viver mais, com a pessoa com que se está..
Este texto é exactamente o que sinto ultimamente, está mesmo fantástico :)
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