Desabafo


Podia dizer que ando sem inspiração. É meia verdade. Quando posso leio os blogs, de vez em quando ainda comento um ou outro. Gosto do meu trabalho. Adoro a minha casinha, a família, amigos e a gata. O ano de 2012 foi um ano de muitas mudanças. Muitas mesmo. Acho que mudei um pouco (pelo menos é o que me dizem), tornei-me um pouco mais sociável, menos tímida também. Mas por dentro continuo a ser a mesmo pessoa. Que tem objectivos definidos, que está lá para os amigos, que ensina coisas engraçadas ao sobrinho lindo, enfim, coisas assim. Tenho um feitio um pouco difícil, acho, tanto estou alegre num dia como melancólica noutro, às vezes nem eu me entendo. O meu ponto fraco é o coração. As experiências de vida ensinam. Não gosto das coisas pela metade. Quando gosto, gosto. Sei o que não quero para mim. Não sou esquisita, sou selectiva. Se não quero sair com alguém, não o faço só porque essa pessoa quer. Se quiser é uma coisa, se não, não estou para agradar quem não me interessa. Sou assim e quando digo não, é não mesmo.
Podia escrever sobre as coisas lindas do amor e tal, mas tenho pouca fé nisso. Não tenho muita esperança ou acredito muito no amor, para ser sincera. Dizem que o primeiro amor nunca se esquece mas acho que é mentira. O que não se esquece é o que se aprendeu com isso. Essa pessoa ainda sente algo por mim, mas eu já não. O moço com quem namorei no ano passado foi imaturo para ter algo sério. Depois ainda saí com um ou dois, mas não havia aquela química. Isso e mostrarem-se inseguros e chatos após o 1º encontro. No thanks, dispenso. Como uma amiga minha diz e bem “Se eu quiser aturar putos, faço um filho”.
Quando começo a ganhar mais confiança com alguém sou brincalhona, consigo mostrar mais o meu lado carinhoso e meio geek. Mas não é fácil. Uma vez disseram-me “tu podes ter cara de ingénua mas não és burra nenhuma”. Quem não me conhece julga-me erradamente. Não segui estudos porque achei que não valia a pena estar a gastar dinheiro dos meus pais para depois ter um canudo. Há que ter cabecinha para ver que as coisas nem sempre são fáceis. Sou racional, por vezes demais. Tenho andado a sair com um rapaz, até nos damos bem, mas não sei o que vai acontecer. Há química, muita. É em certas alturas em que fico meio “desnorteada”, (lado racional vs lado emocional/físico). Racional wins. Não sou moça de coisas passageiras, ou do momento. Comigo ou é tudo, ou nada. Não gosto de alguém pela metade.

*Obrigada a quem teve paciência para ler isto tudo.

3 comentários

  1. Isso tudo quer dizer que te sentem incompleta,quer dizer que procuras algo que te concretize...só que parece-me ainda que não sabes bem o quê...espero que ao longo deste ano possam encontrar o que te falta para te sentires melhor :)

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  2. Não tenhas pouca fé no amor! Olha eu a meses de fazer vinte e dois anos não tinha tido um namorado sério, também não envolvia à séria com ninguém...claro que às vezes sentia falta, mas a maior parte do tempo vivia bem com isso! Não tinha problema nenhum! Até que ele apareceu, entrou de rompante na minha vida, virou o meu coração de alto a baixo e já lá vão oito anos e todos os dias estou mais apaixonada! depois o amor, não é só amor neste sentido...há tantas formas de dar amor e carinho, aos amigos, um sorriso a um sem abrigo...o que quer que seja! Isso também é amor e faz milagres!

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  3. Fifi: é mesmo isso, às vezes nem me percebo. Obrigada :)

    Maria Pitufa: Obrigada pelas palavras, vou tentar ter um bocadinho mais de fé no amor. A ver vamos no que isto irá dar...

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