This year
Este ano está a acabar. Um ano de muitas mudanças. Posso dizer que ultimamente ainda mais. Preciso de falar o que vai cá dentro. Há tanta injustiça. Tanta falsidade neste mundo. Este ano perdi a minha última avó. Tive dois meses de férias. Um mês do casamento, tirei 15 dias antes e os outros que tive direito. Em Fevereiro 15 dias, em Março mais uma semana, esses do ano passado, em que só tive uma semana de férias. E em Maio, antes de ir de férias senti que algo ia acontecer, e aconteceu. Passei as férias a montar móveis e a planear a casa para ocupar a cabeça. É uma tendência que tenho, quando estou triste preciso de me ocupar para não caírem as lágrimas do rosto. Tive um dia em que me senti uma Princesa, foi lindo e único. O resto das coisas com o trabalho é que foram pior. Tive que tomar uma decisão, agora só quero é que o tempo passe para sair daquilo. Eu sempre fui uma pessoa certa, nunca faltei um dia, muitas vezes acumulo o trabalho de outras que são incompetentes, mas que aos olhos de certas pessoas são melhores. A minha saúde ressentiu-se, e eu não posso fazer isso. Andar da maneira que ando não dá. Não quero chegar aos 30 anos e ter complicações. Quero poder ter isto controlado, um dia quero ter filhos e depois não é aconselhável. Viver com isto não é nada fácil. Vejo tantas pessoas que não cuidam da saúde, que se pudessem pedir algo era uma coisa material, eu só queria ter saúde. Aprendi a dar valor às pequenas coisas. Às vezes não cuido tanto de mim quanto devia. Estou a tentar mudar isso. Todos nós temos aqueles dias em que andamos mais irritados, tenho andado assim, com vontade de explodir. Não é bom. Eu posso ter defeitos mas também tenho qualidades. Não sou burra, lá por ser pouco faladora, gosto de observar, ver as coisas. Sei que há pessoas que têm inveja de mim, então desde que vim para cá e me casei ainda é pior. Não podem ver alguém diferente, que sabe o que quer, que não é "Maria vai com as outras", o preconceito é uma coisa tão mesquinha. Há pessoas que ligam ao físico, que se acham as maiores, mas o que têm na cabeça é pouco ou nada. São opções de vida. Eu desde muito nova sabia que não me identificava ali, com a mentalidade das pessoas, com as típicas conversas da treta, a meterem-se nas vidas dos outros. Comigo não. Ninguém tem nada a ver com a minha vida. Eu tenho problemas mas não ando a falar deles às pessoas como se fosse uma coitadinha. Tento resolvê-los, ponto. Quando se tem ao lado uma pessoa que nos faz bem, que nos faz querer mais e melhor, que é a pessoa certa, ou não tinha dito que sim ao pedido de casamento com apenas 5 meses de namoro, ajuda. É ser feliz apenas por chegar a casa e estar lá. Quando o conheci andava perdida, desiludida porque ninguém me percebia, e aceitei o convite para sair um bocado a medo, depois passado uns tempos aconteceu, custou-me a admitir que estava a sentir algo, que eu sou uma pessoa um bocado orgulhosa, mas pronto. Este ano tem sido intenso. Preciso de férias. Está quase :) às vezes dá-me para escrever estas coisas grandes, tem de ser, se não não era o meu blog. Vocês não me conhecem pessoalmente mas sabem que já passei por algumas coisas, então quem me lê desde o início sabe. Obrigada por continuarem cá. Beijinhos*
4 comentários
Faz bem desabafar, o bom e o menos bom que vai cá dentro. Gosto de a ler feliz com o casamento, que seja sempre muito feliz, que tenha saúde, o resto vem com a sua força e coragem.
ResponderEliminarBeijinho
Filomena
muita corajosa, é como te vejo de cada vez que leio o teu blogue! e o que te desejo é que o novo ano te traga muita paz e saúde, que é o que mais desejas
ResponderEliminarbeijinhos muito grandes e boas festas!!! :D
Muito obrigada às duas :) Feliz Natal :) beijinho*
ResponderEliminarFaz bem desabafar e gritar cá para fora. Limpa-nos e dá-nos força para continuar.
ResponderEliminarUm feliz Natal cheio de sorrisos e coisas boas no sapatinho.