Às vezes

Temos de não pensar tanto. Relaxar. Aproveitar os momentos. Não sofrer por antecipação, nem pensar demasiado no que não tem solução. Pensar nas coisas boas. Não nas más. Há alturas em que andamos mais em baixo, mas há que evitar isso, não faz bem. É preciso ter força. Saber o que se passou antes e dar valor a isso, à força que tivemos e temos para ultrapassar as coisas. Nem sempre se conhece quem é verdadeiro ou não, e acredito que nem sempre é nos maus momentos que se conhecem as pessoas, mas sim nos bons em que temos muita coisa a acontecer. Uma frase muito recorrente nesta altura é "As pessoas querem-te ver bem, mas nunca melhor que elas". É verdade que ando cansada do trabalho, frustrada, de ter horas para entrar mas nunca sair a horas, de ter de ser simpática e educada quando só me apetece mandar as pessoas para um sítio. Sou uma pessoa que tem muita paciência, mas também não abusem, nem me tentem lixar que eu sou muito observadora. Sei ver as coisas, posso ser uma pessoa pouco faladora mas tenho muito na cabeça. Há pessoas da minha idade em que a maturidade é zero. Que pensam em ostentar coisas, carros, roupas, tirar fotos à comida e tudo e mais alguma coisa para meter nas redes sociais, para mostrar. Selfies e tretas dessas. Não faço disso. Sou reservada na minha vida, só deixo entrar quem confio realmente. Que são muito poucas. Pessoas que via como amigas/os agora são estranhos. Deixam de falar. E eu faço igual, armam-se em parvas olha, comigo não fazes farinha. Ou então que são dramáticas, e têm inveja de mim, mas que pouco ou nada fazem para mudar a vida, não se mexem. Ora se quero algo, não fico parada à espera que caia do céu. Sem esforço nada se consegue. Tentam saber coisas da minha vida mas nada sabem. Frases como "olha que ainda falta muito tempo, ainda desistem a meio" (para casar), é porque nunca lutaram por nada, e não me conhecem. Quando tenho certezas de algo raramente me demovem. Sou determinada. Tenho lidado com tanta estupidez e inveja alheia, às vezes cansa. Mentes tacanhas, sem cérebro, nem força de vontade, cansam. Não sou de alinhar nas coisas ditas normais para a sociedade, jantares e copos com pessoas que não me interessam, prefiro ficar sossegada. Mas há pessoas que não respeitam isso, "porque é que não falas?" por exemplo. E isso cansa-me. Eu falo, quando me apetece, não só porque sim, e sou assim. Sempre fui assim reservada, e sou. Porque sim. Há que respeitar as diferenças de cada um. Quem não gostar olha, temos pena. Tenho dito.  


2 comentários

  1. É verdade!
    Mania estúpida a das pessoas de se preocuparem mais com a vida dos outros, em vez da sua. Cada um é como é e ninguém é igual a ninguém.

    :-)

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  2. Quando os amigos do meu namorado me conheceram também me acharam muito reservada, porque de facto, quando conheço alguém, não sou de dar confianças. A maior parte das pessoas que conheço têm a minha confiança, mas tiveram de a ganhar, e, para dizer a verdade, dou confiança, mas também a retiro com muita facilidade.

    Faz ouvidos moucos a essa gentinha, porque não querem o teu bem. Quem quer o bem, confia no julgamento da outra pessoa, não inveja (inveja má, porque há aquela inveja boa que faz o mundo mover), não tenta estragar só porque não tem o mesmo.

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