2015

O ano ainda mal começou. É este ano que vou casar. E faço 25 anos. Como o tempo passa. Depois dos 20 parece que passam a correr. Com 22 anos fui a Londres sozinha. E com 24 acompanhada. Há coisas que não se explicam, sentem-se. Quando a vida muda, ou nós mesmos mudamos, nota-se. Ainda sou uma jovem, na minha mente não vou fazer 1/4 de século. Acho que só acredito que vou casar quando for o dia, e eu estiver vestida de princesa. Faltam pouco mais de 7 meses. E ainda faltam algumas coisas. Sapatos, liga, véu, banda. Convites só faltam ser feitos. Lembranças também já decididas, já escolhi vestido, lingerie, brincos. O noivo só falta sapatos e gravata. Posso dizer que estou numa fase maravilhosa da minha vida. Nem tudo é rosas, como o trabalho e a família, mas quando se tem alguém que nos apoia e nos ajuda a melhorar, a sorrir perante as coisas, tudo é mais fácil. Ainda não sei quando saio daqui, por isso resta esperar, e ir adiantando coisinhas na nossa casa. Todo um espaço por decorar, para eu meter as mãozinhas, com projectos em mente, que adoro decoração, tenho uma veia para isso. Gosto de transformar, não tenho medo de montar móveis, tirando os maiores em que é preciso ajuda. A vida tornou-me mais prática, se tenho uma coisa para fazer e tiver de esperar por alguém, o mais provável é tratar disso sozinha. Não gosto de esperar, não gosto de muita coisa, mas há que ter pachorra. Já passei por algumas coisas, e ainda tenho muito a aprender. Uma pessoa fica mais sábia com a idade. Aprende muita coisa. Ainda tenho tanto por viver. Depois de tantas desilusões e pontapés, de depressões, de pouca auto-estima, re-encontrar o amor próprio, e saber o que é amar, encontrar o Homem da minha vida, ser feliz, consegui e consigo ultrapassar muita coisa. Este é um ano de muitas mudanças. 2014 já foi e muita coisa mudou em mim. Conseguir ser eu mesma com alguém, conseguir aceitar-me, ver que nem tudo é certo, ver que as pessoas usam demasiadas máscaras, e que posso ter muitos defeitos, mas também muitas qualidades. Achar a plenitude do meu ser (isto saiu-me, é com cada uma, sou um bocado croma). Ver coisas em mim que não conseguia ver. Sou boa pessoa, e algumas tentam ver-me mal, coitadas, não podem ver ninguém feliz, depois têm inveja. Mas isso há em todo o lado. Por isso há que ser feliz.