Coisas

que não sou, fashion, nem obcecada com a beleza, maquilhagem. Ainda há dias tentei usar umas pestanas postiças que trouxe de Londres, só com a curiosidade de saber como ficam, resultado, uma grande caca. Não tenho jeito, como é que aquilo se mete? Já vi vídeos, mas mesmo assim com o que tinha detestei ver. Fica demasiado artificial. Não é para mim. Uso maquilhagem sim, mas nada exagerado. A minha rotina de maquilhagem não demora mais de 5 minutos. E uso primer, base, corrector para as olheiras de panda, corrijo as sobrancelhas, iluminador, pó, blush líquido e em pó, rímel, carmex e batom. Raramento uso sombras nos olhos, não tenho jeito para essas coisas. Um dia ainda gostava de tirar um curso de maquilhagem, mas é uma coisa não prioritária. Admiro as mulheres que têm jeito para aquilo, e que sabem usar pincéis etc. Eu meto a base com os dedos. Já experimentei com pincel mas fica uma coisa estranha. E não é do pincel, enfim. Também não entendo aquelas mulheres que são tão falsas, que usam soutien super push up, calças com enchimento, quinhentas coisas para mostrarem o que não são. É que hoje em dia há tantas pessoas disfarçadas, que não sabemos quem é verdadeiro ou não. Por exemplo, eu se usar sapatos de salto 2 vezes por ano é muito. As botas que tenho têm um salto mas pequenino. E entre o conforto de usar sabrinas e ténis, sempre com palmilhas confortáveis, e usar saltos que me esfolam os pézinhos, prefiro mil vezes o conforto. Sou uma pessoa simples, não ando com decotes, sou mais recatada. Acho que o mistério é melhor do que andar com tudo à mostra. Há coisas que não fazem sentido na minha cabeça, pronto. Ando um bocado cansada de falsidade e cinismo. Não sou anti social, não tenho é pachorra para aturar pessoas falsas, nem para perder o meu tempo com conversas da treta. Acho que ao longo dos anos fui aprendendo a confiar nos meus instintos, a não ser mais uma na multidão. Se não quero não quero. Não sigo modas, nem faço coisas porque os outros fazem. Sou eu e pronto. Não tenho paciência para tentar agradar, quando há pessoas que não me valorizam e hão-de ser sempre assim. De nada vale a pena tentar ter uma conversa com quem não me quer ouvir, que só sabe apontar. E se eu tenho muitos defeitos, também tenho qualidades, e para criticar é fácil, mas saber o que me levou a ser assim nem tanto. Se não sabes a minha história então não apontes o dedo. É muito fácil julgar as pessoas. Mas por algum motivo mudei, e só eu sei, ninguém tem mais a ver com isso. Tenho dito. Isto foi mais uma espécie de desabafo que precisava de escrever. Para não me esquecer da pessoa que sou.      

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