Words

As coisas melhores acontecem quando menos se espera. O amor faz-nos querer ser melhor pessoa, sem nos mudar. Se há coisa em que não tenho lá muita sorte, é nisso. Já passei por algumas (não muitas) relações que não deram certo, em que parecia que só eu tinha vontade de estar com a outra pessoa, em que os feitios eram o oposto, em que afinal não queriam nada sério, em que brincavam com os meus sentimentos. Posso dizer com certezas que até há pouco tempo não queria saber de relacionamentos, não tinha esperanças de encontrar alguém decente, que me tratasse bem, que tivesse a mentalidade certa (só me calham putos na rifa). Há acontecimentos que não se explicam, apenas acontecem. Não acredito no destino, mas que quando duas pessoas querem estar juntas fazem por isso. Sem desculpas esfarrapadas, se não dá a uma hora dá a outra. Quando se quer há sempre maneira, quando não se quer arranjam-se desculpas. Sempre tive um bocado aquela coisa de balançar entre o racional e o emocional. Não sei lidar muito bem com emoções. Sou sensível, e tento evitar mostrar isso. A verdade é que tenho medo de me magoar. Do futuro. De outra relação que não dê certo. De ter esperanças de algo e depois me desiludir. 

Só que há um mas (há sempre um mas). Alguém com quem me identifico em quase tudo, em que consigo ser eu própria, em que no início parecia (e parece) que o conhecia há anos, que é a pessoa mais madura que já conheci. Que em pouco tempo adquiri confiança, em que mostro o melhor e o pior de mim. Apesar de só o conhecer há dois meses, sinto-me bem, não sei explicar, tornarmo-nos bons amigos, é uma sensação óptima. Conhecer alguém que nos faz bem. Com quem se pode falar de tudo, que apesar da distância, está presente. Há pessoas que nos fazem perder tempo, outras com quem perdemos a noção do tempo. Palavras, pequenos pedaços de mim, em que me sai o que vai cá dentro, na alma…

Boa noite*